quarta-feira, 19 de novembro de 2008

O ALQUIMISTA



A minha estante da sala é uma daquelas entupidas de livros e revistas, além da bagunça. São coisas que já li uma ou mais vezes, outras que peguei emprestado, há livros que nunca li. E em umas dessas bizoiada nela, achei O Alquimista, de Paulo Coelho, aí me toquei que não lembro de ter lido um único livro do nosso escritor mais famoso pelo mundo e que, entre os clássicos, eu não poderia não ter O Alquimista, pelo menos, na minha lista de leitura. Então segue a minha versão de resumo e crítica do livro. Se não leu e não quer saber o final, não continue a leitura deste post porque tenho o péssimo hábito de contar o final.

O Alquimista
Tem gente que já ouviu falar em alquimia, seja pela aurora boreal que já apareceu em novela, seja pela lenda de transformar outro metal em ouro. O personagem principal do livro, cujo nome é citado uma vez no começo e outra no fim, também desconhecia O QUE SER ISSO. 

Ele dormia em uma igreja destruída com suas ovelhas e teve um sonho, mais de uma vez. Já havia trocado o destino certo da vida na Espanha para ser pastor e poder viver a vida viajando. Estava satisfeito com a vida que levava, mas além das ovelhas, nada o prendia ao novo destino que tinha traçado. Em um comentário sobre um sonho, dessa vez com uma cigana, e depois com o senhor que disse ser um rei, passou a buscar sua Lenda Pessoal, seu tesouro, passou a acreditar no maktub, ou seja, ESTÁ ESCRITO. Tudo que acontece lhe foi destinado. Vendeu as ovelhas e passou a ouvir os sinais da terra. 

Deixou de aprender com livros e ovelhas e passou a escutar as pessoas e a enxergar o que o mundo queria mostrar, escutando o próprio coração. Conheceu um rei, um comerciante, Fátima- a mulher que se apaixonou, um ingles, UM Alquimista. Falou com o vento, o sol, o deserto, se transformou em Alquimista sem sequer conhecer a linguagem dos livros, soube atender aos seus sentidos, confiar no que acreditava existir. 

Atravessou o deserto, conheceu e largou (provisoriamente) seu amor...Achou o lugar que seu sonho mostrou haver um tesouro e lá, conheceu saqueadores que depois de espancarem o RAPAZ, escutarem o motivo dele estar ali, contaram um sonho, mas que não seguiram por não terem dado valor. No sonho de um dos ladrões, havia um tesouro escondido em uma igreja destruída onde pastores dormiam com suas ovelhas. O rapaz não tinha nada, mais havia achado seu tesouro, aliás seus tesouros: ouro, conhecimento, amor.

O livro traz muitas frases para serem pensadas, exemplos de como enxergar a vida. Mas contudo, me pareceu um pouco infantilizado, algo que só a palavra FICÇÃO explica. Mas a alquimia, ou melhor O ALQUIMISTA me fez pensar inocente, nem que por um momento, novamente. Me fez acreditar que precisamos parar tudo que acontece na nossa vida pra perceber sinais que ela nos dá. E eu, no momento que estou vivendo, deveria fazer mais isso do que estou fazendo. A histórinha que ilustra a 151 edição casa bem com isso: um garoto, de tanto se olhar nas imagens do lago, caiu nele e morreu, passado algum tempo, vieram falar ao lago que ele detinha a beleza mais próxima do garoto.  O lago jamais havia percebido tal beleza, porque era nos olhos do garoto que enxergava o reflexo da própria beleza.


Um comentário:

Teobaldo Mesquita disse...

Nunca li obra alguma de Paulo Coelho. Acompanho à distância seu trabalho, suas entrevistas e o que escrevem a respeito dele.
Parece ter fascinado meio mundo porque trabalha com o misterioso, com o desconhecido e ficcionaliza à la `` Indiana Jones `` .
Parece querer ser um mago, mas seu esoterismo não me atrai.

Pode ser um erro meu analisar sem de fato conhecer. Costumo avaliar as pessoas públicas pela `` empatia `` . É um senso esotérico, mas de foro pessoal. Aliás, detesto essa palavra `` esoterismo ``.

Gostei mesmo foi da foto da estante. Um show.

Até mais, Ana Paula.