sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Pra que incentivar ser princesa?

Terça-feira fui com algumas camaradas ao cinema assistir ao filme A duquesa. A história de Georgiana Cavendish, Duquesa de Devonshire. Do começo ao fim dá pra traçar semelhanças com a vida da, um pouco mais famosa, princesa Diana. A história parte dos 18 anos da duquesa, interpretada por Keira Knightle, aquela que fez Piratas do Caribe. Ela foi criada para servir bem e bem quieta ao homem que viria a ser seu esposo. E mesmo com personalidade cativante, foi aceitando ao longo dos anos de casamento a falta de carinho, amor, as amantes, a insatisfação alheia com o fato dela não dar um herdeiro homem ao rei, o estupro. Foi sincera desde o começo, se apaixonou, se abticou do seu amor, de uma das filhas, da política de certo modo, de seus ideais e sonhos.

Agora vou fazer um comparativo. Vivemos em época e tradições distintas à monarquia mas estamos totalmente ligados: 

Alguns de nossos filhos são criados com bastante fantasia. Sonho ser um forte herói, sonho de ser uma linda princesa. Se formos analisar pelo filme, e não só por esse, mas por tudo aquilo que nos leva a incentivar as crianças a viver de sonhos imaginativos que estão bem longe da realidade, criamos seres cometidos de ações e reações que poderem vir a causar muitas decepções e sofrimento.

Ontem mesmo estava lembrando de um criminoso que se vestia de papai noel pra assaltar no trânsito. Aí fiquei imaginando como seria uma mãe ou pai falar pro seu filho, fecha rápido o vidro que ELE tá vindo. A criança fala: mas pai/ mãe, é o papai noel. Você fala o que? 

Não tem motivos pra fantasiar existência desses seres perante as crianças. Só traz sofrimento, decepção quando se descobre, ilusão de que há um bom velinho que vive no polo norte e bla bla bla. Ou voltando a história das princesas e heróis. É só em desenho animado da Disney que princesa se apaixona e vive feliz pra sempre. A vida real não é assim. Quer ser herói? Experimenta reagir a um assalto! 

Então...incentivar a fantasia é criar um ser fraco, passível de fácil pranto. Olha o que a Duquesa passou? Você ainda quer que sua filha seja uma princesa?


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