segunda-feira, 21 de abril de 2008

Caso Isabella - a minha verdade



Assisti por acaso a entrevista do casal Jatobá e Nardoni no Fantástico. Muita gente assistiu porque o caso está repercutindo todos os dias desde o momento que aconteceu. O cara só sabia dizer que `não consegue entender como isso aconteceu` e nem todo o resto do Brasil entende como um pai pode matar a própria filha. Mas eis que surge minha opinião que não serve de nada mas é dada com o sexto sentido de quem normalmente saca o que rola nesses casos (Madeleine, etc). 

Mãe que é mãe muitas vezes não consegue evitar de bater no filho, não só porque aprontou mas porque naquele determinado momento perdeu a cabeça e não conseguiu manter a calma para resolver de outra maneira. Imagine pai que vasguarda um sentimento diferente pelos filhos, principalmente aqueles que de alguma forma são mais afastados, por não morarem junto, por trabalharem demais. Não que não amem, mas é um sentimento que a mãe sente que o pai não sente.

Na noite que a menina foi jogada pela janela o que mais pode ter acontecido foi um crime aos olhos da lei, e um momento de loucura aos olhos da família. A madrasta deveria estar irritada com o sono dos filhos, uma discussão sobre o valor da compra no mercado, e pá, desencadeou um momento de raiva que fez a menina sangrar. A menina aos prantos berrando tentou ser calada pela própria madrasta que a segurava com força pelo pescoço. Desmaiada, o pai entrou em desespero e finalizou o sofrimento momentaneo com mais uma atitude de raiva. Ele não pensou nas consequencias. Teve tempo de elaborar o que contaria a família (a família sim porque até então não imaginou que o acontecido seria de ambito nacional) no hospital, IML, nos três dias que ficou em casa antes de ser preso...

Já falando da entrevista, uma porcaria. O reporter não soube instigar relações. E o casal parece ter sido orientado por um advogado a só falar como Isabella era maravilhosa e como eles se divertiam juntos `andando de motinho elétrica e na piscina`(frase repetida inúmeras vezes). A pergunta era como você se sente, e a resposta era `não consigo entender como isso aconteceu, porque ela era uma menina feliz, que queria morar conosco. A gente se divertia junto, andando de motinho pelo apartamento`. A próxima pergunta era como foram os dias na cadeia, e a resposta era...`porque a Isabella era uma criança maravilhosa, a pergunta era, e se vocês passarem 30 anos na cadeia? E a resposta, vocês já sabem....era sempre a mesma. 

A entrevista ocupou dois blocos do fantástico mas poderia ter durado dois minutos, se não fosse todo o Brasil só querer saber `náo só quem matou Isabella, mas como tudo aconteceu`, mas a única resposta que obtivemos com a entrevista foi`como a Isabella era maravilhosa!!!`

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